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Sinopse |
Trata-se de um escritor de livros de western, Eugênio (alter-ego do autor e uma auto-ironia) que atravessa uma fase difícil. Seu personagem mais famoso, Jesus Kid, está indo mal de vendas. Neste momento, aparece o que poderia ser a sua salvação. Ele é contratado por um produtor e um diretor de cinema para escrever um roteiro de filme. O único problema é que ele tem que escrever este roteiro dentro de um hotel luxuoso, do qual, por contrato, não pode sair por três meses. A partir desta premissa absurda, Mutarelli constrói uma crítica ácida ao mercado editorial, e sobretudo, ao cinema. Ele revela de maneira engraçada, as fraquezas, mesquinharias e ambições mal disfarçadas de uma atividade que mescla arte e dinheiro como nenhuma outra. Esta combinação explosiva é o material que Lourenço maneja em Jesus Kid. Diálogos brilhantes à la Tarantino, um universo que lembra Barton Fink, dos Irmãos Coen, um escritor atormentado pela falta de dinheiro, como em Crepúsculo dos Deuses e um cowboy viril e mal-encarado, que poderia ter saído de um filme de Sérgio Leone. Tudo isso, e mais um bocado de Mutarelli, faz de Jesus Kid uma crítica fiel e divertida ao cinema, uma arte que nos dá, ao mesmo tempo, o lixo e o sublime. Jesus Kid é um livro cortante. Como seu autor. Aqui também temos três homens em conflito: O Bom, o Mau e o Feio. O difícil é saber quem é quem. Porque, na verdade, nós somos todos eles.
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Editora: Devir |
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Publicado em: 2004 |
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